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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

A comunhão eucarística começa na mesa



A questão do acesso à Comunhão como Ceia do Senhor toca um problema maior.


O Sínodo dos bispos de outubro de 2014 viu os bispos norte-americanos desempenhando um papel importante em defesa de uma interpretação muito tradicional da família... tradicional.
Especialmente sobre a linguagem acerca dos divorciados em segunda união, a coabitação pré-matrimonial e a acolhida dos homossexuais na Igreja, os bispos dos EUA no Sínodo fecharam a porta para qualquer desenvolvimento, seja teológico, seja pastoral.
Isso é perfeitamente consequente com a posição que a família tem na cultura e na história norte-americana: há apenas poucas gerações, havia um país imenso a se conquistar, e a família tinha adquirido um papel fundamental na epopeia dos pioneiros (que tinham família, próxima ou distante, mesmo que os cowboys dos filmes quase sempre sejam românticos solitários).
Mas há um paradoxo: essa ênfase das Igrejas norte-americanas (não só da católica) na família revela um fato elementar, ou seja, a crise vertical nos EUA de uma certa cultura da família que não depende do crescimento das uniões homossexuais e da coabitação pré-matrimonial.
Quem ensina nas escolas norte-americanas de todos os níveis sabe muito bem que já é difícil encontrar estudantes que tenham o hábito de comer todos juntos, ao menos à noite, em torno de uma mesa, compartilhando um mesmo alimento preparado para a ocasião.
Em muitas famílias norte-americanas, não se cozinha mais, ou se come como em um bufê no restaurante, aquecendo no micro-ondas coisas já prontas, cada um aquilo que lhe parece e à hora que lhe parece.
Nas faculdades, não é raro que haja cursos para ensinar os estudantes a estarem à mesa juntos. A questão do acesso à Comunhão como Ceia do Senhor nos EUA toca um problema maior, ou seja, aquele que afetou a própria ideia de "comunhão à mesa".
Revista Jesus, dezembro de 2014.

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