A admissão dos divorciados em 2ª união aos sacramentos não é um problema novo.
A questão da admissão dos divorciados em segunda união
aos sacramentos não é um problema novo e não é um problema alemão. A discussão
em torno dessa questão se desenvolve há anos em nível internacional (1). O Papa
João Paulo II se pronunciou sobre isso na exortação apostólica Familiaris consortio (1982) (n. 84), favorável à práxis eclesial
vigente. Na exortaçãoReconciliatio et paenitentia (1984) (n. 34), ele reafirmou expressamente
essa posição. Ela entrou no Catecismo da Igreja Católica (1993) (n. 1.650) e na
Carta da Congregação para a Doutrina da Fé de 1994 (2). O Papa Bento XVI a
confirmou na sua exortação apostólica Sacramentum
caritatis de
2007 (n. 29).
O Papa João Paulo II falou de
uma questão difícil e quase insolúvel. O Papa Bento XVI, de um problema difícil
e espinhoso. Portanto, não é de se surpreender que a discussão sobre a questão,
desde então, não se aplacou. Ela não diz respeito apenas aos cristãos que são
afetados imediatamente, mas também a muitos cristãos praticantes e
comprometidos que estão casados há 50 anos ou mais, que nunca pensaram no
divórcio, mas agora experimentam dolorosamente o problema nos seus filhos e
netos. Os seus filhos, por sua vez, na maior parte dos casos, só com
dificuldade conseguem encontrar o caminho que os leva aos sacramentos, se os
seus pais não podem lhes dar o exemplo. Não há quase nenhuma família que não
seja afetada por esses problemas. Portanto, é compreensível que o problema seja
percebido como candente por muitos pastores e confessores, teólogos e bispos.
Como se podia esperar, a
questão se acendeu de novo e foi objeto de polêmicas às vésperas e durante o
Sínodo extraordinário dos bispos de 2014 (3). O Sínodo Ordinário de 2015 deve
levar a termo a discussão das questões e apresentá-las ao papa, para que ele
tome uma decisão.
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