Olhando mais uma vez para a figura do pai, hoje pedimos a
Jesus que conduza os pais a essa transformação tão necessária: que “o homem
psíquico” que habita em cada um deles diminua, para que cresça “o homem
espiritual” (1Cor 2,15); que eles desejem ser habitados pelo Espírito Santo e
se deixem curar e salvar pela “verdade que liberta” (Jo 8,32); que o pai tenha
a coragem de ser uma presença que “divide”, que “separa”. Em que sentido?
Segundo uma reportagem de Folha de São Paulo* (27/06/2016), 2 em cada 3
menores infratores não têm pai dentro de casa. O pai pode, com a sua efetiva
presença paterna, “separar” o filho do mundo do crime. Além disso, a presença
afetiva e firme do pai tem a função de “dividir” o filho homem em relação à mãe
e “separá-lo” dela, a fim de que ele desenvolva de maneira saudável a sua
identidade masculina.
Três palavras finais para as famílias, especialmente para
o pai; a primeira, da Sagrada Escritura; as duas últimas, do Papa Francisco: 1)
“Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, com os olhos
fixos em Jesus... Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz,
não se importando com a infâmia...” (Hb 12,1.2). 2) “Deus coloca o pai na
família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade,
esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores,
dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento:
quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se
sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam
e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o
caminho; pai presente, sempre” (A Alegria do amor, 177). 3) “Querer formar
uma família é ter a coragem de fazer parte do sonho de Deus, a coragem de
sonhar com Ele, a coragem de construir com Ele, a coragem de unir-se a Ele
nesta história de construir um mundo onde ninguém se sinta só” (A Alegria do
amor, 322).
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