Há 12 anos da morte de Irmã Dorothy, Anapu recorda sua mártir
O sangue do martírio escorria pelo solo sagrado da
Amazônia que, durante quase 40 anos, a missionária das Irmãs de Nossa Senhora
de Namur ajudou a defender.
As comunidades de Anapu, no sudoeste do estado do Pará,
se reuniram domingo (12/02) para recordar a morte de irmã Dorothy Stang,
assassinada em um assentamento. A missionária foi morta na manhã de 12 de
fevereiro de 2005 com seis tiros à queima-roupa, em uma localidade a 40 km de
Anapu.
A irmã, de 73 anos, nascida nos EUA mas naturalizada
brasileira, pertencia à Congregação de Notre Dame. Estava presente na
Amazônia desde a década de 70, junto aos trabalhadores rurais da Região do
Xingu e acompanhou com determinação e solidariedade a vida e a luta dos
trabalhadores do campo, sobretudo na região da Transamazônica. Seu trabalho
focava-se também na minimização dos conflitos fundiários na região.
O número de homicídios por conflitos rurais no Brasil em
2016 chegou a 73, a maioria deles ocorrida no Norte do país, segundo dados da
Comissão Pastoral da Terra, CPT. O incremento desta violência se deve à
competição cada vez mais acirrada por recursos como lenha e água no campo da
mineração.
Os cinco envolvidos no assassinato de Irmã
Dorothy foram condenados e cumprem pena. Somente Regivaldo Pereira Galvão, condenado
a 30 anos
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