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sábado, 18 de novembro de 2017

Jornada Mundial dos Pobres

A Igreja realiza, de 12 a 19 de novembro, a primeira Jornada Mundial dos Pobres, com o tema: “Não amemos com palavras, mas com obras”. Os pobres são os protagonistas da história da salvação. Negar sua eminente dignidade na Igreja seria uma heresia. João Paulo II alertou: na fidelidade aos pobres a Igreja põe em cheque sua fidelidade a Cristo (Laborem exercens, n.8).
A missão principal da Igreja é a evangelização dos pobres. No entanto, em muitas situações, a evangelização tem sido praticada a partir da opção pelos ricos e seus interesses. Sua mensagem e estrutura têm sido configuradas a partir dos poderosos. A suntuosidade clerical imita o luxo da realeza medieval. Neste modelo, os ricos têm toda a preeminência. Igreja de ricos que pratica caridade assistencial aos pobres. Defensores da vida, ocupados em condenar o aborto, mas totalmente alheios às milhares de vidas humanas abortadas pelo flagelo da fome, da miséria, da violência, da opressão, do desemprego, do tráfico de pessoas, da escravidão. “A pobreza é fruto da injustiça social, da miséria moral, da avidez de poucos e da indiferença generalizada”!
Como é possível que uma fé que, desde o Antigo Testamento trazia uma carga profética a favor dos oprimidos e que em Jesus de Nazaré se converteu em manifestação explícita em favor dos pobres, possa ser reduzida a sustento ideológico dos ricos? Como uma mensagem subversiva foi transformada em respaldo divino da ordem estabelecida?

Em preparação ao Dia Mundial dos Pobres (19), o Papa Francisco, em Mensagem publicada para a ocasião, exorta: “Quem pretende amar como Jesus amou, deve assumir o seu exemplo, sobretudo no amor os pobres. Enquanto sobressai cada vez mais a riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados, frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração ofensiva da dignidade humana, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes setores da sociedade no mundo inteiro. Perante este cenário, não se pode permanecer inerte e, menos ainda, resignado”.

A imensa maioria da humanidade vive não só na pobreza, mas, também, na mais absoluta miséria. Essa situação, em grande parte, é provocada por um sistema julgado como pecado, porque nenhum outro mal é mais nocivo aos seres humanos. É a negação maior da vontade de Deus. “Eu, o Senhor, que sou o primeiro, estou com os últimos” (Is 41,4). Falsificar essa imagem de Deus é a pior das heresias.

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