EXPEDIENTE: (PASCOM-SJO)

PASCOM-SJO Edição/Redação/Coordenação: Márcio Neves / Transmissão online: Gustavo Calandrin - Arte final: Henrique Gasparini - Assessoria: Pe. Daniel Rosa

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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Assunção da Mãe de Deus

Da Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus, do papa Pio XII
(AAS42 [1950], 760-762. 767-769)                 (Séc.XX)

Teu corpo é santo e cheio de glória
Nas homilias e orações para o povo na festa da Assunção da Mãe de Deus, santos padres e grandes doutores dela falaram como de uma festa já conhecida e aceita. Com a maior clareza a expuseram; apresentaram seu sentido e conteúdo com profundas razões, colocando especialmente em plena luz o que esta festa temem vista: não apenas que o corpo morto da Santa Virgem Maria não sofrera corrupção, mas ainda o triunfo que ela alcançou sobre a morte e a sua celeste glorificação, a exemplo de seu Unigênito, Jesus Cristo. 
São João Damasceno, entre todos o mais notável pregoeiro desta verdade da tradição, comparando a Assunção em corpo e alma da Mãe de Deus com seus outros dons e privilégios, declarou com vigorosa eloquência: “Convinha que aquela que guardara ilesa a virgindade no parto, conservasse seu corpo, mesmo depois da morte, imune de toda corrupção. Convinha que aquela que trouxera no seio o Criador como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos. Convinha que a esposa, desposada pelo Pai, habitasse na câmara nupcial dos céus. Convinha que, tendo demorado o olhar em seu Filho na cruz e recebido no peito a espada da dor, ausente no parto, o contemplasse assentado junto do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse tudo o que pertence ao Filho e fosse venerada por toda criatura como mãe e serva de Deus”. 
São Germano de Constantinopla julgava que o fato de o corpo da Virgem Mãe de Deus estar incorrupto e ser levado ao céu não apenas concordava com sua maternidade divina, mas ainda conforme a peculiar santidade deste corpo virginal: “Tu, está escrito, surges com beleza (cf. Sl 44,14); e teu corpo virginal é todo santo, todo casto, todo morada de Deus; de tal forma que ele está para sempre bem longe de desfazer-se em pó; imutado, sim, por ser humano, para a excelsa vida da incorruptibilidade. Está vivo e cheio de glória, incólume e participante da vida perfeita”. 
Outro antiquíssimo escritor assevera: “Portanto, como gloriosa mãe de Cristo, nosso Deus salvador, doador da vida e da imortalidade, foi por ele vivificada para sempre em seu corpo na incorruptibilidade; ele a ergueu do sepulcro e tomou para si, como só ele sabe”. 
Todos estes argumentos e reflexões dos santos padres apóiam-se como em seu maior fundamento nas Sagradas Escrituras. Estas como que põem diante dos olhos a santa Mãe de Deus profundamente unida a seu divino Filho, participando constantemente de seu destino. 
De modo especial é de lembrar que, desde o segundo século, os santos padres apresentam a Virgem Maria qual nova Eva para o novo Adão: intimamente unida a ele – embora com submissão – na mesma luta contra o inimigo infernal (como tinha sido previamente anunciado no proto-evangelho [cf. Gn 3,15]), luta que iria terminar com a completa vitória sobre o pecado e a morte, coisas que sempre estão juntas nos escritos do Apóstolo das gentes (cf. Rm 5 e 6; 1Cor 15,21-26.54-57). Por este motivo, assim como a gloriosa ressurreição de Cristo era parte essencial e o último sinal desta vitória, assim também devia ser incluída a luta da santa Virgem, a mesma que a de seu Filho, pela glorificação do corpo virginal. O mesmo Apóstolo dissera: Quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá o que foi escrito: A morte foi tragada pela vitória (1Cor 15,54; cf. Os 13,14). 
Por conseguinte, desde toda a eternidade unida misteriosamente a Jesus Cristo, pelo mesmo desígnio de predestinação, a augusta Mãe de Deus, imaculada na concepção, virgem inteiramente intacta na divina maternidade, generosa companheira do divino Redentor, que obteve pleno triunfo sobre o pecado e suas consequências, ela alcançou ser guardada imune da corrupção do sepulcro, como suprema coroa dos seus privilégios. Semelhantemente a seu Filho, uma vez vencida a morte, foi levada em corpo e alma à glória celeste, onde, rainha, refulge à direita do seu Filho, o imortal rei dos séculos.

Por que se consagrar à Virgem Maria?


Por que se consagrar a Maria? Não seria melhor ir diretamente a Jesus? Ora, quem se dá conta de nossa triste condição de pecadores bem sabe que, embora o queiramos muito, entregar-se a Deus com plena confiança é um trabalho que em muito supera nossas forças.
É por isso que ele quis dar-nos Maria, para que ela, recebendo-nos como pequena oferenda, nos apresente a Cristo, purificados e embelezados pelas mãos virginais de uma Mãe Imaculada.
Depois de tudo quanto vimos até agora, parece não haver motivos de peso para não se consagrar à Virgem Santíssima. Ao lhe entregarmos tudo, nós nada perdemos, senão que muito lucramos, despojados de nossos bens, vivendo só por ela, com ela e nela. Ainda assim, vale a pena repassar as principais razões elencadas por São Luís Maria Grignion de Montfort em seu Tratado que nos recomendam vivamente essa devoção. Vejamos, de modo bastante resumido, o que São Luís nos diz a esse respeito.
A consagração plena a Nossa Senhora, diz ele, nos põe inteiramente ao serviço de Deus e constitui um meio admirável de sermos fiéis e perseverantes na virtude. Com efeito, todos os que temos a graça de crer desejamos ser de Jesus Cristo. No entanto, por causa de nossa debilidade e inconstância, muitas vezes descumprimos nossos propósitos e, cedendo pouco a pouco a nossas paixões e maus desejos, voltamos à mesma vida de pecado que tínhamos antes da conversão. De manhã nos oferecemos a Deus, e à noite já nos pedimos de volta. Falta-nos, pois, aquela liberdade interior, aquela firme resolução de tudo entregar a Deus.
Mas por que, poderíamos perguntar, Maria é um caminho tão eficaz, um instrumento tão útil para superarmos tais obstáculos? Aqui é preciso lembrar que, ao pecarem, Adão e Eva, criados amigos e familiares de Deus, passaram a vê-lo como um inimigo, uma figura temível e agressiva. Foi por isso que, ao lhe ouvirem os passos no jardim do Éden, à hora da brisa da tarde, nossos primeiros pais se esconderam de sua face, no meio das árvores do jardim (cf. Gn 3, 8). Enganados pela antiga serpente, compraram a mentira de que o Senhor, na verdade, era um “embusteiro”, que bem sabia que, no dia em que comessem do fruto proibido, seus olhos se abririam e eles seriam como deuses (cf. Gn 3, 5).
Manchados pelo pecado original, também nós herdamos esta disposição a olhar para Deus como um inimigo, um “mentiroso” indigno de nossa fé e confiança. Ora, a solução que o próprio Senhor encontrou para esta triste queda foi pôr ódios e inimizades entre a mulher e a serpente, entre a descendência desta e a daquela (cf. Gn 3, 15). Por ser Mãe e ter um Coração terníssimo, Maria, prefigurada pela antiga Eva, faz cair todas as resistências; ela nos atrai para o amor e para o serviço, ajuda-nos a entregar de coração todo o nosso ser a Deus. Quem recearia entregar a uma Mãe tão boa, cheia de misericórdia e doçura, todos os seus bens, familiares, saúde, dinheiro, boa fama etc.? Acaso não nos é mais fácil conseguir o que queremos ou precisamos de nosso pai se primeiro recorremos à nossa mãe? Se é assim na ordem natural, por que haveria de ser diferente na ordem da graça e das necessidades do espírito? Se temos medo de dar tudo a Deus, entreguemo-nos primeiro a Maria, que, sendo a mais humildes das servas, há de entregar-nos a Jesus. Ela, escreve o santo de Montfort,
[...] nada retém para si do que lhe ofertamos. Tudo remete fielmente a Jesus.  Se algo lhe damos a ela, damos necessariamente a Jesus. [...] Quando apresentamos alguma coisa a Jesus, de nossa própria iniciativa e apoiados em nossa capacidade e disposição, Jesus examina o presente, e muitas vezes o rejeita em vista das manchas que a dádiva contraiu do nosso amor-próprio, como antigamente rejeitou os sacrifícios dos judeus por estarem cheios de vontade próprias. Quando, porém, lhe apresentamos algo pelas mãos puras e virginais de sua bem-amada, tomamo-lo pelo seu lado fraco [...]. Ele não considera tanto a oferta que lhe fazemos como sua boa Mãe que lha apresenta; não olha tanto a procedência do presente como a portadora [1].
Ao contrário de Eva, que viu o fruto proibido e o tomou para proveito próprio, Maria olha para o fruto bendito de seu ventre e não o guarda para si; antes, entrega-o ao Pai com generosidade e desprendimento. Com quanta razão, portanto, nos devemos dar por inteiro a Nossa Senhora! Ela olhará para o fruto pobre e bichado de nossas obras, de todo o nosso ser, e o remeterá, purificado e embelezado, ao seu querido Filho. Consagrar-se inteiramente a Maria é ser conduzido por ela, do modo mais fácil, curto, perfeito e seguro, a uma união mais íntima e profunda com Nosso Senhor [2].
Referências
São Luís M.ª G. de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. 39.ª ed., Petrópolis: Vozes, 2009, pp. 142-143, n. 147.
Cf. Id., p. 145, n. 152


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Padre Márcio Odair assume paróquia Dom Bosco no bairro Eloy Chaves

Padre Marcio Odair será o novo Pároco da Paróquia Dom Bosco(Eloy Chaves) integrando-se a nossa Região Pastoral V.
Veja nota abaixo:

Boa noite irmãos

Com muita alegria, partilho com todos vocês a missão que recebi da Igreja, por meio de nosso querido Bispo Diocesano, Dom Vicente Costa.

Peço-lhes que rezem por nossa Igreja particular de Jundiaí, rezem pelo querido amigo e irmão Pe. Agnaldo, que assumirá a Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat, e por mim que, com muita alegria, recebi a graça de ser pároco da Paróquia de São João Bosco, em Jundiaí.
Que Deus nos abençoe no seu Amor, hoje e sempre!

https://dj.org.br/comunicado-oficial-2/

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Conheça a História e o sentido do diaconato permanente

O primeiro mártir da Igreja foi um diácono (Santo Estêvão). O termo "diácono" aparece 29 vezes nos Evangelhos. São Francisco de Assis foi diácono. Ainda assim, muitos católicos não fazem ideia do que seja um diácono...
Na Igreja primitiva, o diaconato foi criado pelos Apóstolos para permitir que os presbíteros (sacerdotes) pudessem se concentrar na essência de seus deveres sacerdotais. Enquanto isso, os diáconos assumiam a liderança das funções administrativas e caritativas da Igreja. Isso está descrito no livro dos Atos:
"Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária. Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar. Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício. Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra. Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos." (Atos 6, 1-6)
Com o passar do tempo, os diáconos concentraram grande poder, pois eram os principais responsáveis pela administração do patrimônio da Igreja. Essa situação ajudou a gerar tensões entre diáconos e presbíteros, e até São Jerônimo se enfiou na treta, reclamando do fato de que os diáconos estavam colocados à frente dos presbíteros (Comissão Teológica Internacional, 2002, p. 45). O Toddynho ferveu!
Uma das principais queixas era a de que a função dos diáconos havia se pervertido: eles estariam se dedicando mais à liturgia do que às funções assistenciais. Também havia uma disputa com o fato de que, quando um bispo morria ou se aposentava, um diácono poderia ser eleito para sucedê-lo, tanto quanto qualquer outro presbítero. 
Na Idade Média, se desenvolveu muito a vida monástica. E assim a assistência aos pobres começou a ser realizada mais intensamente pelos mosteiros, assim como por instituições de caridade fundadas e administradas por leigos. E a função do diácono como ministro da caridade se esvaziou. A partir do século V, inicia-se um processo de decadência do diaconato, evoluindo até o seu quase que total desaparecimento. 
Por fim, venceu o entendimento de que um presbítero poderia fazer tudo o que um diácono fazia, e acabou-se o diaconato como função "permanente" na Igreja. O diaconato seria, a partir de então, somente uma etapa transitória, até o momento em que o cristão fosse ordenado sacerdote.
Mas a roda da História está sempre girando...
E eis que, no século XX, no Concílio Vaticano II, a Igreja tomou a decisão de restaurar o diaconato exercido de forma permanente (ficando o bispo de cada diocese livre para optar por restaurar ou não o diaconato em seu território). Após muita discussão, em uma sessão emocionante (tipo FLA-FLU), 2.120 bispos e padres conciliares votaram, e o resultado da votação foi o seguinte: 1.588 foram a favor da restauração do diaconato, 525 foram contra e 7 se abstiveram. O resumo das decisões a esse respeito foi publicado na encíclica Lumen Gentium e, depois, no documento Sacrum diaconatus ordinem.
O diaconato, é importante notar, não foi restaurado no CV II no exato formato da Igreja primitiva. Uma das diferenças é que, na hierarquia, o diácono está abaixo do bispo e do presbítero.
O sacramento da ordem possui três graus:
  • a ordem episcopal (bispos);
  • o presbiterado (padres);
  • o diaconato (diáconos).
O diácono casado é membro do clero – não é um leigo! Por isso mesmo ele usa traje clerical, nas ocasiões em que está servindo na Igreja. Ele pode:
  • pregar;
  • batizar;
  • presidir cerimônias de casamento;
  • ler o Evangelho na missa e fazer a homilia;
  • preservar e distribuir a Eucaristia;
  • dar aconselhamentos;
  • dar bênçãos;
  • levar o viático aos moribundos;
  • presidir ritos funerários etc.
O diácono não participa ministerialmente do sacerdócio de Cristo. Por isso, ele NÃO PODE:
  • celebrar a missa;
  • dar a unção dos enfermos;
  • ouvir Confissões e absolver os pecados dos penitentes.
O candidato a diácono só pode ser ordenado se a sua esposa concordar formalmente com isso. Afinal, certamente a família terá que fazer importantes renúncias, já que a maior parte do serviço prestado pelos diáconos costuma ser realizada nos fins-de-semana – justamente quando os maridos, em geral, se dedicam às tarefas de casa e ao lazer com a família.
Especialmente nas paróquias em que só há um padre, a presença de um bom diácono é valiosa, impedindo que o pároco fique sobrecarregado em suas tarefas pastorais e ministeriais.
O diácono permanente deve ter uma profissão, pois, diferente do padre, ele não recebe salário da Igreja (há exceções).
Caso se torne viúvo, o diácono não poderá se casar novamente. Se completar os estudos no seminário e receber autorização especial do bispo, poderá ser ordenado padre.
Se você é um bom marido e bom cristão, e tem ao menos 35 anos, pode apresentar o seu pároco ou bispo o desejo de ingressar na escola diaconal de sua diocese. Já pensou nessa possibilidade?

Padre Daniel em visita missionária nas casas

Em continuidade aos trabalhos missionários, com as Santas Missões Populares em nossa Paróquia, o nosso Pároco, inicia nessa terça feira (14/8),  visitas na Comunidade Cristo Rei.
Igreja em saída, ao encontro do povo. Uma igreja Missionária!!!
Abençoada seja a disponibilidade do  nosso Pastor em vir ao encontro do seu rebanho.
Seja bem vindo Padre Daniel Rosa!