EXPEDIENTE: (PASCOM-SJO)

PASCOM-SJO Edição/Redação/Coordenação: Márcio Neves / Transmissão online: Gustavo Calandrin - Arte final: Henrique Gasparini - Assessoria: Pe. Daniel Rosa

Instituição Religiosa-Igreja Católica-Paróquia São José Operário Tel.4582-5091- Retiro Jundiaí

quarta-feira, 30 de março de 2022

Começam os preparativos para Jornada Diocesana da Juventude (JDJ)


Como vínculo de unidade, membros do CPAE com apoio de nosso pároco Pe. Daniel estiveram presentes nesta terça(29) na Paróquia São José Operário para dar inicio aos preparativos da jornada. A expectativa é a melhor possível. O encontro foi conduzido pela coordenadora Diocesana do setor Juventude Nayara Rael. Destaque também para presença do vereador Daniel Lemos que é também, um importante apoiador dos vários eventos de nossa paróquia.
A JDJ é um evento que acontece todos os anos, desde 1986, e foi pensada pelo Papa São João Paulo II. Ele quis reunir todos os jovens do mundo em um itinerário de fé, comunhão e celebração em torno da Pessoa de Cristo. Algumas das edições acontecem a nível mundial em sedes escolhidas pelo Santo Padre a cada dois ou três anos. No intervalo entre as edições mundiais, acontecem, nas dioceses de todo o mundo, as edições diocesanas. Neste ano, o Local escolhido foi a Paróquia São José Operário em Jundiaí que integra a região pastoral 5.
A Jornada Diocesana da Juventude acontecerá em nossa paróquia nos dias 23, 24 e 25 de Julho.

segunda-feira, 14 de março de 2022

Penitência Quaresmal: Tempo oportuno de reflexão e conversão

Fomos criados por Deus para sermos felizes. Ofuscados pelo pecado, no entanto, muitos de nós vivemos "desumaniza dos", nas sombras de uma vida sem sentido, seja por falta de condições dignas de existência, causadas pela injustiça, ou por opções erradas. Porém, nunca é tarde para mudarmos. A Quaresma nos oferece este tempo precioso de reflexão, para recolocarmos nossa vida nos eixos, e redescobrirmos o caminho da felicidade. Não é um processo fácil. Mudar é uma das coisas mais difíceis para o ser humano. Por isso falamos em "penitência quaresmal". A fé em Deus não exclui a renúncia, o empenho pessoal pela transformação. Mas é só confiando em Deus, em seu amor misericordioso, que faremos essa passagem do pecado para a Vida Nova que Ele nos oferece.

terça-feira, 8 de março de 2022

As tentações da Igreja hoje: A liberdade de escolha e a tentação do pecado

Jesus “foi tentado pelo diabo durante quarenta dias” (Lc 4,2), uma indicação simbólica para falar que Jesus, assim como qualquer ser humano, foi tentado durante toda a sua vida. Enquanto estivermos sobre esta terra, seremos tentados. Além de sermos tentados por nossa própria natureza humana, que tem as suas manhas e que busca se mover pela lei do menor esforço, também somos tentados por um mundo que rejeita o compromisso, a fidelidade, a constância, a santidade e, sobretudo, a cruz, o sofrimento. E o maligno sabe a hora certa de nos tentar: a hora em que nos sentimos carentes, em que não estamos bem, em que sentimos falta de algo. E sua proposta é muito concreta: “Manda que esta pedra se transforme em pão” (Lc 4,3).

1ª tentação:
Por trás desta primeira tentação está a proposta enganadora de que você não precisa sentir fome, não precisa sofrer carência alguma. Sua fome é legítima e você tem o direito de satisfazê-la, não importa como: os fins justificam os meios. Desse modo, nós nos tornamos pessoas meramente instintivas. Nossa fome “manda” em nós. Nossa carência “determina” nossas atitudes. Tudo o que existe e todas as pessoas à nossa volta se tornam “pães” a serem comidos, devorados, consumidos por nós. Na verdade, a proposta do maligno – “não ter que sentir fome” – significa “não ter que sofrer”. Para um mundo como o nosso, que centra tudo no prazer, no bem-estar, não ter que sofrer é tudo o que as pessoas mais desejam.

No entanto, Jesus nos ensina a dialogar com essa tentação: “Não só de pão vive o homem” (Lc 4,4). O sentido da vida não está em não sofrer, mas em permanecer fiel àquilo que é verdadeiro, justo e bom, – permanecer fiel à nossa própria missão – ainda que essa fidelidade nos cause algum sofrimento. Além disso, existe uma fome em nós que nem a comida, nem o dinheiro, nem o sexo podem saciar. Nós somos muito mais do que o nosso estômago, dos que os nossos instintos. Satisfazer todas as nossas necessidades não significa ser feliz, nem estar em paz, muito menos ter um sentido para viver. “Cada vez mais as pessoas têm um ‘como’ viver, mas elas não têm um ‘porque’ viver” (Victor Frankl).

Para não sermos arrastados por nossas carências, pela desordem dos nossos afetos, precisamos fazer como Jesus: dialogar com a nossa fome e escolher a melhor forma de lidar com ela, de modo que não seja ela a determinar as nossas atitudes, mas a nossa consciência, o nosso desejo de nos mantermos fiéis à missão que nos foi confiada.

2ª tentação:
Na segunda tentação, “o diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: ‘Eu te darei todo este poder e toda a sua glória (...). Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu’” (Lc 4,5-7). Nós não gostamos de nos sentir fracos, pequenos, assim como não gostamos de ser ignorados pelo mundo. Sabendo disso, o tentador nos promete força, poder, grandeza, glória, projeção social; ele nos promete tirar do lugar baixo e insignificante em que julgamos estar e nos colocar no topo, no lugar mais alto, onde seremos vistos e aplaudidos pelo mundo. O problema é que, além de nos tornarmos escravos de uma competição desumana, fazendo dos outros degraus para subirmos na vida, destruindo todos aqueles que nos ameaçam nessa “subida”, nós nos tornamos escravos do maligno: “Se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu” (Lc 4,7). Quem não conhece os escravos do trabalho, escravos do dinheiro, escravos do sucesso e da fama, escravos dos likes e do número de seguidores nas redes sociais?

Jesus desmascarou a mentira do tentador: “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás” (Lc 4,8). A chave para não cairmos nessa tentação está em ordenar os nossos afetos, colocando Deus em primeiro lugar em nossa vida e procurando usar das coisas tanto quanto elas nos aproximam de Deus, ao mesmo tempo em que nos afastamos delas tanto quanto elas nos afastam d’Ele. Quando fazemos isso, nossa vida se torna mais leve, mais simples. Deixamos de ser adoecidos por falsas urgências e mantemos o foco naquilo que é essencial e onde está a nossa paz.

3ª tentação:
A terceira tentação de Jesus tem um caráter fortemente religioso: “O diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, e lhe disse: ‘Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’” (Lc 4,9-10). Nós caímos nessa tentação sempre que procuramos colocar Deus a serviço dos nossos caprichos; sempre que nos consideramos inatingíveis, acima do bem e do mal; sempre que vivemos de maneira irresponsável, esquecendo-nos de que tudo na vida tem consequências.

Eis a resposta de Jesus: “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Lc 4,12). Deus nos deu inteligência e liberdade. Não podemos usar delas para ter atitudes inconsequentes e depois nos fazermos de vítimas diante do sofrimento que provocamos a nós mesmos. Trata-se de viver a vida como uma pessoa adulta, madura e responsável, e não como um adulto infantilizado, que vive responsabilizando os outros pela sua infelicidade. Por mais que Deus nos ame e seja misericordioso, Ele nos confrontará com as consequências das nossas atitudes, pois isso é uma questão de justiça e de lógica: sempre colheremos aquilo que plantarmos.

Enfim, depois que Jesus venceu as tentações, o Evangelho nos diz que “o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno” (Lc 4,13). A mesma coisa acontece conosco: sempre há um tempo oportuno para a tentação voltar, porque nós sempre estamos lidando com a nossa liberdade, fazendo escolhas e tomando decisões. Por isso, nossa luta contra o mal tem a exata duração da nossa existência, e certamente se intensificará quando estivermos perto do momento da nossa morte, como aconteceu com Jesus. Ali será a última chance de o tentador procurar nos fazer renegar a fé. Portanto, sejamos humildes e realistas. Peçamos diariamente a graça de não cairmos em tentação.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Celebrada no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade (CF) convida a todos a imitar a misericórdia do Pai repartindo o pão com os necessitados, fortificando o espírito fraterno. A iniciativa está ligada a caminhada quaresmal como um dos modos de viver a espiritualidade deste tempo favorável.
Em 2022, a CF tem como tema “Fraternidade e Educação” e o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31,26). Seu início se dá na abertura da Quaresma, dia 2 de março, na Quarta-Feira de Cinzas

Quarta-feira de cinzas: "Somos 'cinzas', mas capazes de interioridade e diálogo"

 A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).Nesse sentido dizemos que quaresma é um tempo intenso de conversão. Para isso ela tem sua linguagem, sua celebração, seus exercícios e seus ritos de conversão... Mas a conversão não é simples mudança exterior no modo de ser e agir, e sim, "mudança de senhor". Quaresma é tempo forte para consultar o interior e verificar qual é o "senhor" que move o nosso coração. É neste contexto de conversão que se situam as práticas quaresmais: oração, jejum e esmola.

Campanha da Fraternidade 2022 “Fraternidade e Educação”

Durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade nos convidará a refletir sobre a educação. Deus nos educa como um pai a seu filho (cf. Dt 8,5). Jesus veio nos ensinar, por meio de suas palavras (cf. Mc 2,21; 4,1; 6,2.6; 8,31; 10,1 etc.). O Espírito Santo é o educador (cf. Sb 1,5). Educar é acreditar na possibilidade que todo ser humano tem de sair da ignorância, de humanizar-se, de tornar-se melhor e mais capaz, de descobrir suas potencialidades, de aprender a fazer o bem e deixar de fazer o mal...

“A realidade da educação nos interpela e exige de nós uma profunda conversão. Temos que mudar nossa mentalidade, reorientando nossa vida, revendo nossas atitudes e buscando caminhos que promovam o desenvolvimento pessoal integral, a formação para a vida e para a cidadania. Educação é um indispensável serviço à vida. É preciso aprender a amar, a perdoar, a cuidar, a curar, a dialogar e a servir a todos. Educar é construir a verdadeira fraternidade alicerçada na justiça e na paz, e isso será possível à medida em que Cristo, que nos libertou do egoísmo, for tudo em todos” (Texto base da CF 2022).