Estamos vivendo o Ano da Fé, instituído pelo Papa emérito Bento XVI e falar de fé é algo que nos parece muito oportuno no momento.
Perde-se a esperança quando morre a fé. Fé e esperança, ao contrário, suportam
tudo, pois caminham de mãos dadas. Duas irmãs, a jovem esperança e a senhora fé
travam unidas um combate sem fim. E suportam as cargas destrutivas da violência
que esmaga tantas pessoas. Espera quem se abre à realização da promessa feita
por outrem digno de fé. A esperança vive da promessa, mas a promessa apoia-se no
encontro com alguém confiável. A palavra pronunciada desperta e emociona, move e
faz sonhar, quando proferida e acolhida em espírito de fé. Precisamos crer para
esperar. E esperar para mudar o mundo. Eis porque a esperança convida a conhecer
a fé.Despojado da fé, o adulto encasula-se, aperta-se, obscurece. Tudo o desencoraja,
e viver torna-se um peso doloroso. Busca, então, divertir-se e esquecer seu
destino sempre ameaçado. Sem a fé, fecha-se a esperança. O futuro torna-se
ameaça, porque se corrompeu a memória da fé original, da acolhida protetora, da
fonte segura. Sem a antiguidade e o repouso da fé, tudo envelhece. Tudo
enrijece. Já não há caminhos, só o medo e incerteza.Viver é perigoso e somente a fé traz coragem para os confrontos. Se o caminho de
vida e de luz se confirma, crescem a fé e a esperança. E novos projetos e feitos
mais ousados desafiarão a realidade paralisante. A esperança criadora apoia-se
sobre a antiguidade da fé. Mas se a fé nasce e renasce do encontro com alguém
capaz de bem querer, crer consistirá em responder aos apelos do amor primeiro.
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