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PASCOM-SJO Edição/Redação/Coordenação: Márcio Neves / Transmissão online: Gustavo Calandrin - Arte final: Henrique Gasparini - Assessoria: Pe. Daniel Rosa

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sábado, 19 de setembro de 2015

Quem é o maior? O primeiro em que? Uma abordagem sobre a liturgia da Palavra (Missa do 25º. dom. comum)

"Um remédio amargo , mas que pode trazer a cura"


Quem é o ‘maior’ na sua empresa ou na sua sala? Quem é o ‘maior’ na classe do seu filho? Quem é ‘maior’ na cidade? Quem é o ‘maior’ em nossa Paróquia ou Diocese? Bom, mas por que essa preocupação com “quem é o maior”? Deixemos que o apóstolo Tiago responda: “Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens... De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós?” (3,16; 4,1).
A preocupação em querer ser o maior é fruto de algo muito mal resolvido dentro de nós e que se chama ‘sentimento de inferioridade’. Quanto mais eu me sinto inferior – e se eu me sinto inferior é porque estou me comparando com os outros, os quais eu considero ‘superiores’ a mim – mais eu preciso compensar esse sentimento buscando formas de me sentir superior. Dessa forma, nós nos afastamos da nossa criança interior – da simplicidade, da bondade e da espontaneidade – e passamos a viver atormentados por uma única preocupação: eu preciso me destacar; se não for pela inteligência, que seja pela esperteza; se não for pelo corpo, que seja pelo modelo do carro; se não for pelo trabalho, que seja pelo dinheiro etc.
O resultado disso é uma sociedade doente, um ambiente de trabalho doente, uma Igreja doente, porque nós estamos doentes. Existe cura para essa doença chamada ‘mania de grandeza’? Se você quiser se livrar dessa preocupação inútil em querer ser o maior, faça uma visita ao Hospital do Câncer de Barretos, sobretudo na ala infantil. Quando você vir a quantidade de crianças com câncer e os diversos tipos de câncer que existem, se dará conta do quanto é inútil a maioria das suas preocupações e do quanto você tem muito mais do que precisa pra viver e ser feliz.

 Os padres, também precisam desse ‘choque terapêutico’,  que muitas vezes vivem atormentados em serem os maiores: Quem atrai mais multidões? Quem tem mais “amigos” ou “seguidores” no Face? Quem tem o Dízimo mais alto da Diocese? Quem faz a melhor homilia? Quem brilha mais aos olhos do bispo? (E a preocupação inconfessável em muitos: Quem será o próximo a “sair” como bispo?) Estes também são doentes, assim como também são em boa parte responsáveis pelas “desordens” em nossa Igreja. Nós sabemos muito bem o quanto de inveja e rivalidade existem entre o clero.
Por Neves Márcio-(Pastoral da Comunicação)-com base nos escritos do Padre Paulo Mazzi

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