EXPEDIENTE: (PASCOM-SJO)

PASCOM-SJO Edição/Redação/Coordenação: Márcio Neves- Assessoria: Pe. Rodolfo Cavalaro

Instituição Religiosa-Igreja Católica-Paróquia São José Operário Tel.4582-5091- Retiro Jundiaí

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Liturgia da Palavra: Deserto da existência: "Um olhar para dentro de si mesmo"

Pe. Rodolfo (Missa 19º DTC)
Ainda nos deparando com os ecos dos ensinamentos do (19º DTC), trazemos esta importante reflexão, que se bem entendida pode nos conduzir a um sentido na vida,mesmo que estejamos atravessando um período de deserto em nossa existência.
Este é o terceiro domingo em que lemos um trecho do capítulo 6 do Evangelho segundo são João. Jesus, primeiro, alimentou uma multidão de cinco mil pessoas. Quando essa multidão voltou a procurá-lo no dia seguinte, Ele a convidou a se esforçar não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna (Evangelho de domingo passado). Já o Evangelho de hoje nos deixa entrever que a multidão foi embora; por enquanto, ainda estão com Jesus três grupos de pessoas: os judeus, um grupo de discípulos e os Doze. Por sua vez, o texto que acabamos de ouvir (João 6,41-51) nos fala da resistência dos judeus em crer nas palavras de Jesus concretamente, em crer na sua Pessoa como Pão que desceu do céu. Na sequência de Jo 6, os judeus irão embora, seguido pelo grupo dos discípulos, permanecendo com Jesus somente os Doze.
"Portanto, a fé não é obra humana, não é resultado da vontade humana, mas da ação de Deus no interior da pessoa."
Esse “convencer a partir de dentro” é descrito por Jesus como um escutar o Pai: “Todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim” (Jo 6,45). Aqui entra um grande desafio: somos uma geração do barulho, uma geração que se incomoda com o silêncio. Deus é Palavra, e a Palavra só pode ser escutada no silêncio do coração humano. Deus fala no profundo de cada pessoa, mas a maioria vive na superfície de si mesma, porque tem medo de descer ao profundo de si, tem medo de se deparar com aquilo que vai encontrar no profundo de si. Quanto mais nos mantemos distantes do nosso profundo, mais se torna difícil ouvir Deus.
-Pascom-SJO

Artigo: A acolhida nas celebrações

Oportunidades para uma comunidade acolhedora!

Sempre mais em nossas celebrações vão acontecendo acolhidas fraternas, carinhosas e marcadas pela alegria. Pessoas na entrada da igreja ou capela acolhem bem os irmãos e os saúdam com simpatia e prazer, dando uma atenção especial às crianças, aos idosos e às pessoas com deficiência. Entregam folhas de canto, velas, flores, fitas e outros objetos que serão utilizados na celebração. Muitas vezes, é uma equipe de acolhida que em nome da comunidade assume esse serviço, inspirada na atitude da Mãe de Jesus, nas bodas de Cana, não permitindo que nada falte para que a oração transcorra num clima tranqüilo e participativo.

Não faz muito tempo, recebi uma carta muito significativa do Rubens Pereira de Paula, escrevendo o seguinte: Com o devido respeito, peço vênia, para fazer uma sugestão, que no meu modo de entender, talvez possa em longo prazo, atrair mais fiéis para a nossa Igreja. Assistimos às celebrações da Igreja católica e aceitamos as diferentes formas de ritos, nos quais já estamos acostumados, talvez, desde que como eu, do nascimento há 75 anos, que indiscutivelmente são belíssimos e de conformidade com os ensinamentos da Sagrada Escritura. Entretanto, entendo que deveria ser acrescentada, principalmente, nas celebrações das santas missas, uma colhida mais humana do celebrante, que, queiram ou não, exerce a liderança de fato na comunidade. Essa acolhida consistiria numa congratulação com os presentes, que ali foram para rogar, agradecer, orar deixando de lado as atribulações cotidianas, enfrentando o mau tempo, transporte, enfermidade e outras coisas, para ali estar junto aos irmãos…. Um agrado para muitos que pelos mais diferentes motivos estão ali presentes. Aí sim, após essa acolhida humana, iniciar a celebração, em nome do Pai… Como fazem a maioria dos sacerdotes, é muito formal, insípida e não atrairá ninguém para o nosso culto. Respeitosamente….

Agradeço de coração pela avaliação e pelas sugestões do senhor Rubens. Na verdade, precisamos rever a acolhida, investir em equipes e no jeito de acolher as pessoas e no modo de constituir a assembléia para a celebração.

É Deus mesmo que nos reúne e acolhe em seu amor pelos gestos, pelo olhar, pela saudação e pela acolhida dos ministros e da equipe de acolhida. Através deles Deus quer manifestar a sua ternura, o seu carinho e a sua alegria de Pai que acolhe seus filhos e suas filhas.

Dica de livro para formação
Nós somos o povo de Deus, corpo de Cristo e templo do Espírito Santo. Em cada rosto e olhar é Cristo que nos acolhe. Em cada abraço e aperto de mão somos recebidos pelo Senhor. As pessoas, pouco a pouco, vão chegando para a celebração e a presença e a ação do Espírito vão juntando os corações e criando laços que nos entrelaçam com Ele, com os irmãos e com o Pai. Por isso, em cada celebração dizemos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

O Cristo ressuscitado nos acolhe e nos comunica a sua força pascal através da acolhida dos irmãos. Nós comunicamos a vida do Ressuscitado às pessoas no gesto de acolhimento.

Os ritos iniciais têm como objetivo a acolhida humana, simples e fraterna. A acolhida é o começo da celebração e deve ajudar a criar o clima de oração. Deve motivar a abertura do coração para o encontro Deus. A acolhida reúne as pessoas no carinho de Deus e cria na força do Espírito Santo a assembléia litúrgica.

A acolhida bem feita e a celebração participada nos ajudam a vivenciar o que está escrito na carta aos Efésios: Vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça. É dele que o corpo todo recebe coesão e harmonia, mediante toda sorte de articulações e, assim, realiza o seu crescimento, construindo-se no amor, graças à atuação devida a cada membro (Ef 4,15-16).

Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

Como é feita a acolhida ao povo em nossas celebrações?

Quem nos acolhe na pessoa dos ministros e das pessoas da equipe de celebração?

Portanto, o que é preciso fazer para garantir uma boa acolhida nas celebrações?

Autor do texto: Padre Marcelino Sivinski

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Dia de Nossa Senhora do Desterro: feriado da padroeira de Jundiaí

Na Festa da Assunção, também celebramos Nossa Senhora com o título de Nossa Senhora do Desterro, Padroeira da cidade de Jundiaí.

Nossa Senhora do Desterro é muito venerada na Itália como a “Madonna degli Emigrati”, sendo padroeira daqueles que foram obrigados a deixar sua pátria para se refugiarem ou a fim de procurar trabalho no estrangeiro. Ela tem sido a Mãe Amorosa para todos os que, saudosos de sua terra natal, imploram cheios de fé e de amor o auxílio da Virgem do Desterro a fim de encontrarem compreensão e simpatia na terra adotiva.

Assunção de Maria ao céu

Em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como Rainha

Hoje, dia 15 de agosto, a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Maria ao céu. O dogma da assunção se refere a que a Mãe de Deus foi levada ao céu de corpo e alma à glória celestial.  A Assunção da Santíssima Virgem é uma singular participação na ressureição de Cristo. Por razões pastorais, no Brasil, quando a data desta celebração não coincide com o domingo, é transferida para o domingo seguinte, ou seja, vamos vivencia-la no próximo dia 18 de agosto.

O Catecismo da Igreja Católica explica: “A Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com o seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte” [1]

Esperança e alegria

“Nesta solenidade da Assunção, contemplamos Maria: ela nos enche de esperança a um futuro repleto de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o Seu Filho; nunca perder a amizade com Ele, deixando-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-lo cada dia, inclusive naqueles momentos nos quais sentimos que nossas cruzes ficam pesadas. Maria, a arca da Aliança que habita no santuário do céu, nos indica com claridade luminosa que estamos em caminha à nossa verdadeira Casa, a comunhão da alegria e da paz com Deus”.[2]

Preciosos aos olhos de Deus

Maria é a Mãe que acolhe aqueles que vão ao seu encontro. Ela conforta e educa, a Rainha que nos conduz pelos caminhos até seu Filho. “Como toda mãe, quer o melhor para os seus filhos e nos diz: ‘Vocês são preciosos aos olhos de Deus; não são feitos para os pequenos prazeres do mundo, mas para as grandes alegrias do céu’. Sim, porque Deus é alegria, não tédio. Deixemo-nos que Nossa Senhora nos pegue pela mão. Toda vez que pegamos o Terço e rezamos, damos um passo adiante rumo à grande meta da vida.”[3]

Ref:.
[1] Catecismo da Igreja Catolica (529).
[2] Papa Bento XVI – Solenidade da Assunção de Maria – 2010
[3] Papa Francisco – Angelus 15 de agosto de 2019
Colaboração: Pascom-SJO

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Pilar da Caridade: a serviço da vida

Com o intuito de promover açoes de caridade e  levantar os aspectos pastorais existentes em nossa paróquia, que integra a pastoral Social, foi realizado em nossa paróquia no dia 07 de Agosto uma reunião liderado pelo Diácono Gerson, com o objetivo de potencializar os trabalhos existentes na paróquia de acordo com o Plano da Ação Evangelizadora. foram convidados os agentes que integram os diferentes seguimentos para ouvir a experiência de cada um. A partir deste passo, seguir em frente ouvir de maneira mais eficaz os trabalhos dando maior suporte aos desafios e  as dificuldades encontradas. Urge a presença mais efetiva da Igreja nas periferias existenciais e sociais. A ética social cristã precisa ocupar lugar de destaque em nossos processos de formação e planos pastorais.
 Partimos do texto em que Jesus “percorria todas as cidades e aldeias”. No caminho, encontrava as “multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. Diante delas, Jesus sentia “compaixão.(Mt. 9,35-38).Aqui está o espírito de toda a ação social. Hoje, como no tempo de Jesus, as multidões dos pobres encontram-se “cansadas e abatidas”. Cansadas de tantas promessas não cumpridas, de tanta corrupção e de tanto lutar em vão; abatidas pelo peso da exclusão e da miséria, da fome e da doença, do abandono e do descaso. Hoje, como ontem, a injustiça e a desigualdade social gera milhares de empobrecidos que se tornam excluídos, quando não exterminados. Geram, ainda, desemprego, violência, dependência química, prostituição, racismo e destruição do meio ambiente. Esta situação atinge todo planeta, porém, de forma mais brutal os países subdesenvolvidos. Em vista de toda esta realidade, nós queremos despertar, refletir e agir nesta causa de maneira mais séria comprometida e comprometida.
O Pilar da Caridade é constituído para impulsionar o serviço aos que mais sofrem, a promoção e defesa da vida em todas as situações, a dimensão profética e samaritana da fé cristã. Nesse sentido, afirma o Papa Francisco: “deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade” (EG, n. 186). O envolvimento com a realidade de pessoas, especialmente com aquelas que experimentam carências e desproteção, bem como o cuidado com a casa comum, deve ser uma preocupação permanente da ação evangelizadora em nossas comunidades eclesiais missionárias. Peçamos pela intercessão de Santa Dulce e unamos nossas orações e ações a Deus em favor dos pobres e abandonados, para que o tempo presente  não seja um peso para eles, mas lhes traga conforto e alegria, 
por: Márcio Neves-Pascom-SJO