Celebramos neste final de semana, 12/05 o 4º Domingo do
tempo comum tradicionalmente chamado “Domingo do Bom Pastor”. Nesta celebração
é sempre muito oportuno refletir e colocar no coração de nosso Deus os pastores
da Igreja. O nosso Papa Francisco, nosso Bispo Diocesano Dom Vicente Costa, o
novo presidente da CNBB Dom Valmor Oliveira de Azevedo eleito recentemente na
57º Assembléia da Conferencia em Aparecida. Também em nossas orações diárias,
nosso Pároco Padre Daniel Rosa, Vigário Eduardo, diácono Dirceu e Seminarista
Luan. Dia também de Oração Mundial pelas Vocações.
Como não lembrar São João Paulo II e suas mensagens por
ocasião deste dia no inicío dos anos 90. Lembro-me enquanto jovem, como os
grupos de Pastoral da Juventude ficavam ansiosos em organizar este dia cada ano
em uma cidade da Diocese de Jaboticabal interior de São Paulo. Isso tinha um
diferencial muito grade na formação do período juvenil.
Muitas paróquias de modo geral, estão sofrendo hoje uma
crise muito séria, quando se trata da figura do pastor. Muitos pastores
deixaram de lado o ideal de se configurarem a Jesus, o Bom Pastor, e acabaram
se tornando ladrões, assaltantes ou mercenários (cf. Jo 10,1.12-13), isto é,
pastores que têm como interesse principal não o bem das ovelhas, mas
enriquecer-se desonestamente às custas da ingenuidade religiosa delas. Outros
se tornaram “guias cegos”, pastores desorientados internamente, alguns viciados
em bebida ou em droga; outros, viciados em jogos ou em pornografia. São
autoridades moralmente desautorizadas, homens incapazes de conduzir pessoas
para Deus porque nem eles mesmos se esforçam por viver em Deus: além de não
terem vida de oração séria e profunda, não se esforçam por viver aquilo que
pregam aos outros. Por fim, existem os pastores vagabundos, aqueles que estão
sempre “muito atarefados em não fazer nada” (2Ts 3,11). Se não cuidam com zelo
e dedicação das ovelhas que ainda estão junto deles, imagine se eles
se darão ao trabalho de irem atrás daquelas que estão afastadas!
Por outro lado, de minha parte e grande parte dos leigos, na
verdade, nós não gostamos de “ser conduzidos”. Pois, nos julgarmos pessoas
autônomas e livres, queremos nos conduzir por nós mesmos. Pensamos ser auto-suficiente
a ponto de julgarmos o tempo todo a estrutura de nossa Igreja. Quem conduz
você? Por quem ou pelo quê você se deixa conduzir no mundo de hoje? No entanto, a liturgia deste quarto domingo da
Páscoa nos fala de Jesus como nosso Pastor e de nós mesmos como ovelhas do seu
rebanho, e a imagem da ovelha remete para uma verdade que precisamos admitir:
todos nós buscamos uma direção, todos nós precisamos de algo ou de alguém que
nos conduza, sobretudo neste tempo de grande desorientação em que vive a
humanidade.
Em fim, começamos a seguir Jesus quando nos sentimos
atraídos e chamados por Cristo. O que passa além, não dura muito tempo na
comunidade e não passa de agitação momentânea em grupos de Whatsapp ou qualquer
coisa do tipo.
Rezemos e esforcemos para que a nossa comunidade se
configure ao Bom Pastor, dispondo-se a uma profunda conversão e assim ir atrás
de cada ovelha que se afastou ou se perdeu, para trazê-la de volta (cf. Mt
18,12-14), pois “não é da vontade do vosso Pai, que está nos céus, que um
desses pequeninos se perca” (Mt 18,14).
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