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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Formação: A liturgia: fonte de espiritualidade do missionário

A uma Igreja que caminha e que se põe na estrada, tal como os discípulos de Emaús (Lc 23,13-35), a liturgia oferece três experiências marcantes que alicerçam e fundamentam a missão: a) a experiência propriamente eclesial de reunir-se com os irmãos e as irmãs na fé, de acolher e ser acolhido, de reunir-se em nome de Cristo. Por mais solitário que possa estar, ou por mais árdua que possa ser sua missão, o cristão missionário reporta-se sempre a uma comunidade que o sustenta; b) a experiência de aprender a Palavra de Deus de forma que o coração se abrase, numa nova estruturação de sentidos, capaz de integrar o sofrimento, a dor e a morte. O missionário sabe que na base de sua missão está uma Palavra – ou melhor, está a Palavra – que o envia e o convoca; c) a experiência da fração do Pão e do reconhecimento da presença do Cristo, como memória explícita e reconhecimento expresso de sua aliança conosco. O dinamismo missionário da Igreja não nasce da vontade dos homens que decidem fazer-se propagadores de sua fé. Nasce do Espírito que atua nas celebrações litúrgicas. A missão não é nunca proselitismo ou mero serviço humano, mas decorre sempre da aliança que se constitui e se estrutura na Eucaristia e no partir do Pão que é o próprio Cristo. “Terminada a assembleia, o discípulo de Cristo volta a seu ambiente cotidiano, com o compromisso de fazer, de toda a sua vida, um dom, um sacrifício espiritual agradável a Deus (Rm 12,1). Ele sente-se devedor para com os irmãos daquilo que recebeu na celebração, tal como sucedeu com os discípulos de Emaús que, depois de terem reconhecido Cristo ressuscitado na ‘fração do pão’ (Lc 24,30-32), sentiram a exigência de ir imediatamente partilhar com seus irmãos a alegria de terem encontrado o Senhor” (João Paulo II, Carta Apostólica sobre o Domingo, Dies Domini, n. 45). Afirma ainda o mesmo Papa na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine: “O apóstolo põe em estreita inter-relação o banquete e o anúncio: entrar em comunhão com o Cristo no memorial da Páscoa significa ao mesmo tempo experimentar o dever de tornar-se missionário do acontecimento que esse rito atualiza. A despedida no final de cada Missa constitui um mandato, que impele o cristão para o dever de propagação do Evangelho e de animação cristã da sociedade” (n. 24). 

Perguntas para reflexão: 
1. Comentem as três experiências litúrgicas que alicerçam e fundamentam a missão. 
2. Como preparamos, celebramos e vivenciamos estas experiências em nossas celebrações litúrgicas? 
3. Como preparamos e como as pessoas participam e se sentem enviadas nos Ritos Finais? O que poderíamos melhorar? 
No próximo mês, refletiremos a respeito dos desafios para a Liturgia a partir da missão.

(Extraído de A LITURGIA FORMADORA DE MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO (II), por Dom Manoel João Francisco. Publicado em: CNBB. Liturgia em Mutirão – Subsídios para formação. Brasília: Edições CNBB, 2007.)

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