Diácono Dirceu fala-nos de uma "alegria interior que deve ser exteriorizada através de gestos simples de generosidade"
É precisamente este o ponto em que o Papa Francisco se
encontra, uma vez que, na conclusão da Gaudete in Domino se lê: “Irmãos e
filhos caríssimos: não será normal que a alegria habite dentro de nós, quando
os nossos corações contemplam e descobrem de novo, na fé, os seus motivos
fundamentais? E estes motivos são simples, aliás: tanto amou Deus o mundo, que
lhe deu o seu Filho único. Pelo seu Espírito, a sua presença não cessa de
envolver-nos na sua ternura e de nos impregnar com a sua vida; e nós caminhamos
para a transfiguração ditosa das nossas existências, seguindo rumo à
ressurreição de Jesus. Sim, seria muito estranho que esta Boa-Nova que provoca
os aleluias da Igreja não nos deixasse com o semblante de pessoas salvas!”. Contudo,
apesar dos não poucos e nem pequenos desafios, somos convidados a olharmos
maravilhados, desde a nossa infância até a velhice, para tudo o que Deus fez e
sentirmos a serena alegria que só Ele pode nos dar como um dom do Espírito
Santo, conforme se lê em Gálatas 5,22. O
Papa Paulo VI acrescenta que “o homem só poderá experimentar a verdadeira
alegria espiritual quando se afastar do pecado e viver na presença de Deus. A
carne e o sangue são, sem dúvida, incapazes disso (cf. Mt 16,17). Mas a
revelação pode abrir esta perspectiva e a graça pode operar esta conversão” no
coração humano, às vezes petrificado pelo pecado, por meio do sacramento da
Penitência. Recorda-nos também nessa exortação o Apóstolo das gentes: “Estou
cheio de consolação, estou inundado de alegria no meio de todas as tribulações”
(7,3-4). Elas mostram que, mesmo entre as intempéries da vida, o verdadeiro
discípulo de Cristo jamais perde a esperança, pois está inundado da alegria do
Espírito Santo.
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