Sucedendo Pedro e investido pelo espírito de Paulo, o papa convoca a Igreja para renovar seu espírito missionário.
A história do cristianismo registra a presença destas duas figuras, que fizeram parte dos seguidores de Jesus Cristo e, curiosamente, apesar de origens distantes, foram martirizados na cidade de Roma, onde também sepultados. Suas sepulturas estão em duas basílicas diferentes: na de São Pedro e na de São Paulo fora dos muros, constituindo as colunas da Igreja.
Os bispos diocesanos são convocados, de cinco em
cinco anos, para rezar uma missa diante da sepultura de cada um desses
apóstolos na intenção do povo de suas dioceses. É uma forma de estar renovando
sua missão. Pedro representando a instituição: "Tu és Pedro e sobre esta
pedra construirei a minha Igreja" (Mt 16, 18). Paulo representando o papel
missionário da Igreja no mundo. Sucedendo Pedro e investindo o
espírito de Paulo, o papa Francisco tem convocado a Igreja para renovar seu
espírito missionário. Precisa tornar-se uma Igreja “em saída”, superando o
comodismo e a burocracia, acolhendo melhor as pessoas. Além das palavras, seu
testemunho de simplicidade e coerência tem sido uma total provocação para todo
o mundo cristão.
Francisco tem insistido numa Igreja que tenha as
marcas “da verdade, da bondade, da beleza, da ternura e da misericórdia”. A
missão encontra motivação nestas palavras, criando alegria no anúncio do
Evangelho. Ele diz não querer “cristão com cara de funeral”, ou “cara de
Quaresma sem Páscoa”.
Estamos aí diante dos desafios da missão, motivados
também pelo enunciado da “comunidade de comunidades, a nova paróquia”. Os
cristãos de hoje, no seguimento de Pedro e Paulo, enfrentam as maldades da nova
cultura e devem agir para cultivar um mundo mais humano e de paz.
Fonte:CNBB, 23-06-2014.
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