Amada Família Carismática,
Que a Paz de Cristo esteja em todos os nossos corações!
O mandato de Jesus torna-se claro para nós e nos leva a
refletir sobre o amor e a identificação de quem verdadeiramente ama. Como
identificar, reconhecer ou conhecer aquele que segue o mandato de Jesus em
favor do amor? “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos
amardes uns aos outros” (Jo. 13, 35).
Conhecer! Está aqui uma palavra importante para todos nós
nesses tempos do Espírito Santo. Conhecer significa perceber, tomar
consciência, experimentar. Pela força do santo Batismo, todos somos chamados a
testemunhar Jesus Cristo para que o mundo O conheça. Ele se tornará mais
conhecido e mais amado à medida que O testemunharmos com nossa vida: com cada
palavra que dissermos, com cada ato que praticarmos, com cada irmão que
acolhermos...
O que de fato nos torna “conhecidos” como discípulos do
Senhor é o tanto que O amamos, o quanto nos amamos uns aos outros e o quanto
isso é diuturnamente testemunhado por cada um de nós. Ficar conhecido como
alguém que ama o outro de verdade, sem reservas, de todo coração, deve ser o
anseio de cada manhã, ao despertarmos.
O mundo necessita, urgentemente, reencontrar Jesus também
no testemunho de amor entre aqueles que o seguem e o reconhecem como Senhor. E
isto será tanto mais visível quanto mais nos amarmos uns aos outros como
irmãos, assim, tornando claro o seguimento de Jesus e concreto o anúncio do
Evangelho. Com esse mandato, Jesus ensinou ao mundo como reconhecer alguém que
o segue, pois o amor é a identidade de um verdadeiro discípulo Dele.
Tertuliano (Padre da Igreja, séc. II) testemunha que os
pagãos exclamavam admirados sobre os cristãos: “Vede como eles se amam!”
(Apolog. 39). Fica aqui evidente a característica dos seguidores de Jesus, aos
quais Ele transmitiu seus ensinamentos e deixou o mandato do amor.
Sobre o amor, necessidade gritante do mundo atual, ensina
o Doutor Santo Agostinho: “A medida do amor é amar sem medida.” E ainda: “Ama e
faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com
amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se
tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus
frutos.”
O Documento de Aparecida nos ensina que “A Igreja
como ‘comunidade de amor’ é chamada a refletir a glória do amor de Deus, que é
comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. A Igreja cresce não
por proselitismo, mas por atração. A Igreja atrai quando vive em comunhão,
pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como
Ele nos amou” (Documento de Aparecida n.º 159).
Ainda a esse respeito, o Santo Padre nos exorta
veementemente: “Aos cristãos de todas as comunidades do mundo, quero
pedir-lhes de modo especial um testemunho de comunhão fraterna, que se torne
fascinante e resplandecente. Que todos possam se admirar como vos
preocupais uns pelos outros, como mutuamente vos encorajais, animais e ajudais:
‘por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns
aos outros’ (Jo. 13, 35).” ... “Se virem o testemunho de comunidades
autenticamente fraternas e reconciliadas, isso é sempre uma luz que atrai. Por
isso me dói muito comprovar como em algumas comunidades cristãs se dá espaço a
várias formas de ódio, divisão, calúnia, difamação, vingança, ciúme, a desejos
de impor as próprias ideias a todo o custo... Quem queremos evangelizar com
estes comportamentos? (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n.º
99/100).
Portanto, roguemos ao Senhor, neste ano jubilar, a Graça
de amarmos sem medida e testemunharmos esse amor e comunhão verdadeira entre
nós, para que o mundo ateste: Vede como eles se amam!
Que Nossa Senhora da Ternura nos ensine a viver como
escolhidos e interceda por nós para que transbordemos amor!
Abraços fraternos,
Katia Roldi Zavaris
Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL
No Ano do Jubileu de Ouro da RCCBRASIL – 2019.
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