O artigo 12 dos estatutos estabelece exatamente que
“o neocatecumenato visa estimular a paróquia a uma celebração mais
rica da Vigilia Pascal”.
Assim, encontramos na liturgia, própria deste tempo, um
caminho catecumenal que vai, gradativamente, nos introduzindo nas fontes batismais,
a fim de assumirmos Jesus como Messias de nossa vida e mergulharmos no mistério
de sua Paixão e Ressurreição. O grande bispo de Jerusalém, São Cirilo (313-350
d. C), ensina-nos em suas catequeses mistagógicas acerca deste itinerário
batismal que vivenciamos,
sobremaneira na noite do Sábado Santo, o sábado de
Aleluia. Ele diz: Batizados em Cristo e dele revestidos vos tornastes
conformes ao Filho de Deus. Na sequência deste sacramento, Cirilo nos
lembra da Santa Unção com o Crisma: Ungidos com o óleo, fostes feitos
participes e companheiros de Cristo. Estes dois sacramentos desembocam na
Celebração da Eucaristia, a Memória Pascal do Cordeiro de Deus (Jo 1,29), Jesus
Cristo: Em forma de pão te é dado o corpo, e em forma de vinho o sangue,
para que te tornes, tomando o corpo e o sangue de Cristo, con-corpóreo e
consanguíneo com Cristo.
Somos acompanhados por Deus, “nutridos” por sua Palavra,
no manancial da Liturgia e chegamos mistificados para celebrarmos
junto às fontes do Batismo e junto a mesa da Eucaristia o mistério de um Deus
que nos incorpora a Ele e nos nutre com seu corpo e seu sangue para fazermos um
dia nossa travessia pessoal desta vida, e celebrarmos com Ele a Páscoa
definitiva, do dia sem ocaso, ou seja, o dia sem fim.
(por Márcio Neves-Comunicação SJO)
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