Uma abordagem com base no 2º Domingo da Páscoa
“Tocar” em Jesus, colocar o dedo em suas chagas e a mão
no seu lado aberto, é descobrir a ferida sangrenta da história humana,
vinculando assim a ressurreição com a dor dos homens e mulheres oprimidos (as),
torturados, enfermos, assassinados...
O homem moderno aprendeu a duvidar. É típico do espírito
do nosso tempo questionar tudo para progredir no conhecimento científico. Neste
clima, a fé fica frequentemente desacreditada. O ser humano vai caminhando pela
vida cheio de incertezas e dúvidas.
A sua atitude é compreensível. Tomé não diz que os seus
companheiros estão mentindo ou que estão enganados. Apenas afirma que os seus
testemunhos não são suficientes para aderir à sua fé. Ele necessita viver a sua
própria experiência. E Jesus não o censura em nenhum momento.
Não são ''provas'' da ressurreição, mas ''sinais'' de seu
amor e da entrega até a morte. Por isso, convida-o a aprofundar as suas dúvidas
com confiança: ''Não sejas incrédulo, mas um crente''. Tomé renuncia a
verificar o que seja. Já não sente necessidade de provas. Só sabe que Jesus o
ama e o convida a confiar: ''Senhor meu e Deus meu''.
Um dia, nós os cristãos descobriremos que muitas das
nossas dúvidas, vividas de forma sã, sem perder o contato com Jesus e a
comunidade, nos pode resgatar de uma fé superficial que se contenta em repetir
fórmulas e estimular-nos a crescer em amor.
Pascom-SJO
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