No dia 18 de
novembro de 1965, o Papa Paulo VI, em pleno Concílio Vaticano II, assina o
decreto Apostolicam Actuositatem, sobre o apostolado dos leigos). Já se
passaram 50 anos e o decreto ainda é muito desconhecido tanto pela hierarquia
quanto pelos próprios leigos. Cabe a nós divulgar e apresentar a sua riqueza e
seu conteúdo evangelizador para os tempos atuais. Naturalmente muita coisa
mudou, mas o seu conteúdo continua atual e vai além dos nossos tempos.
1. Natureza e conteúdo do Decreto
Importante destacar
o testemunho dos leigos que tem sua identidade própria. “O apostolado dos
leigos, uma vez que dimana da sua própria vocação cristã, jamais pode deixar de
existir na Igreja. A própria Sagrada Escritura demonstra abundantemente quão
espontânea e fecunda foi tal atividade nos primórdios da Igreja” (cf. At
11,19-21; 18,26; Rm 16,1-16; Fl 4,3). Por isso, os leigos e leigas são sujeitos
da missão na Igreja e na sociedade. “A Igreja nasceu para que, dilatando o
Reino de Cristo por toda a terra para glória de Deus Pai, torne os homens
participantes da redenção salvadora e por meio deles o mundo seja efetivamente
ordenado para Cristo. Toda a atividade do corpo místico orientada para este fim
chama-se apostolado, que a Igreja exerce, por meio de todos os seus membros, de
maneira diversas; com efeito, a vocação cristã, por sua natureza, é também
vocação ao apostolado” (n.2).
Existe apenas
uma categoria de cristãos, mas serviços, e responsabilidades diferentes. “Pois,
o dever e o direito do apostolado deriva da união destes com Cristo cabeça. Com
efeito, inseridos no corpo místico de Cristo pelo batismo e robustecidos pela
virtude do Espírito Santo na confirmação, os leigos são deputados pelo próprio
Senhor para o apostolado. São consagrados como sacerdócio real e povo santo
(cf.1Pd ,4-10), a fim de oferecerem, por meio de todas as obras, hóstia
espirituais, e darem testemunho de Cristo em toda a parte. O apostolado é
exercido na fé, na esperança e na caridade que o Espírito Santo difunde nos
corações de todos os membros da Igreja”. (n.3).
Através da
espiritualidade no seguimento a Jesus Cristo, os leigos descobrem uma mística
própria do seguimento e orientação para um vida digna, justa e fecunda na
família, no mundo do trabalho e na sociedade.
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